sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Amigo até na morte

Lembram-se do sismo em Itália?
O dono deste cão, um cocker spaniel,  morreu na sequência desse sismo e ele não o abandonou, mesmo depois de estar fechado num caixão, onde já não o podia ver. Para nós o ditado "longe da vista longe do coração" é falso.

Hoje faz anos o meu dono, não vou dizer quantos mas, espero, de todo o coração, que faça muitos a meu lado. Uma lambedela carinhosa para ti.

sábado, 24 de setembro de 2016

1,80 X 2,00


Todos os que visitam este blog sabem que eu não durmo na cama dos meus donos. Tenho  duas camas e um sofá, só para mim. 
Não subo para a cama dos meus donos nem para os sofás deles. Eles nunca me disseram para não o fazer, eu é que, desde pequenino, achei que cada um deve ter as suas coisas. O mesmo acontece com os meus brinquedos, faço questão que permaneçam nas minhas camas e não gosto que mos tirem. O Black adora roubar-mos mas eu não permito que seja por muito tempo. Vou buscá-los e coloco-os novamente na minha cama. Sou muito zeloso e muito unido às minhas coisinhas.  Tudo que é meu guardo com grande amor e não estrago nada. Tenho, ainda, o meu primeiro brinquedo apesar de terem chegado muitos amigos, alguns deles muito brincalhões, à quinta. Tenho conseguido preservar tudo e não durmo sem catar e limpar os meus brinquedos.
Estávamos a falar de camas, lembram-se? Esta conversa veio a propósito de um casal norte americano que mandou fazer uma cama gigante para os seus oito cães resgatados da rua e para eles. São dez os que dormem nesta cama de 1,80m de largura por 2 metros de cumprimento. Ao lado da cama há uma escada para os cães mais velhos puderem subir.


Que acham da ideia?

sábado, 17 de setembro de 2016

É novidade?

Os humanos, alguns, começam agora a perceber que nós os entendemos. Alguns porque os que vivem connosco sabem o quanto os compreendemos, mais do que eles se compreendem entre eles.


"Um estudo publicado na revista Science mostra que os cães processam as palavras e atribuem-lhes significado não reagindo apenas à entoação e ao contexto.
Foram analisadas imagens por ressonância magnética do cérebro de 13 cães, de quatro espécies diferentes.
Os animais, foram treinados para se deitarem, sem se mexerem na máquina de ressonância magnética enquanto ouviam palavras dos donos. Para se fazer a análise, os cães ouviram palavras com significado, em tom de elogio e num tom neutro, e também palavras sem significado, com as duas entoações.
A análise das imagens obtidas permitiu tirar, pelo menos, uma conclusão importante: independentemente do tom (de ordem ou neutro), os cães processaram as palavras com significado com o hemisfério esquerdo do cérebro — tal como os humanos fazem. Já em relação às palavras sem significado, os cérebros dos cães não fizeram este processo. Para Attila Andics, que conduziu o estudo, “não há nenhuma razão acústica para esta diferença, o que mostra que as palavras têm significado para os cães”.
O estudo concluiu ainda que os cães processaram as diferentes entoações com o hemisfério direito do cérebro, e que, no caso das palavras ditas em tom de elogio, outra área do cérebro ficou activa: a que processa a recompensa. Andics conclui, por isso, que os cães “integram os dois tipos de informação”, a entoação e a própria palavra, “para interpretar o que ouviram, tal como nós fazemos”.
As palavras existem também noutras espécies animais, recorda a Science. Golfinhos e papagaios fazem sons que muitas vezes funcionam como nomes, e galinhas, cães e alguns primatas utilizam sons diferentes para identificar predadores. Os cães são os mais avançados nesta questão: há espécies que conseguem identificar mais de mil palavras humanas, provavelmente atribuindo-lhes um significado.
Este estudo vem agora confirmar aquilo de que se suspeitava: os cães podem mesmo entender palavras. Dois cientistas ouvidos pela Science sublinham a importância desta descoberta. Tecumseh Fitch, biólogo cognitivo da Universidade de Viena, Áustria, garante que se trata de “um estudo importante, que mostra que os aspectos básicos da percepção do discurso pode ser partilhada por parentes muito distantes”. Já Julie Hecht, que estuda o comportamento e cognição dos cães na Universidade de Nova Iorque, é mais cautelosa. “Não significa que os cães entendam tudo o que dizemos, mas as nossas palavras e entoações não são desprovidas de significado para os cães“, explica a cientista.”