quinta-feira, 27 de março de 2014

Uma Vida...Amargurada

"Não faças aos outros o que não queres que te façam a ti", este princípio, expresso por Confúcio, baseado em tradições e crenças chinesas, é muitas vezes mencionado e sempre seguido pelos meus donos, será por isso que nós somos tratados como seres vivos, não como objectos. Sempre que algum de nós se magoa, o que acontece raramente, passamos a ser seguidos diariamente e tratados pelos nossos donos ou, em alguns casos, pela veterinária. Infelizmente nem todos têm a mesma sorte, vivem abandonados, são maltratados e até mortos. Nunca me cansarei de lembrar este lado negro do Homem, espero conseguir altera-lo. 

Este vídeo relata o dia a dia de alguns animais, o animal é representado por uma criança, um relato que fica aquém da realidade porque, como sabemos, esta consegue ser muito mais cruel.
Tenho pena que seja impossível albergar na quinta todos os animais abandonados e aqueles que têm um lar que não os merece.
Brown Maria

quinta-feira, 20 de março de 2014

O Cérebro Canino

                                                       Notícia retirada do Jornal Público 
Nós temos, tal como os humanos, áreas no cérebro dedicadas ao processamento de voz, sendo, ainda, o nosso cérebro sensível às características vocais das emoções.
Os humanos descobriram estas semelhanças treinando 11 cães a permanecerem quietos num aparelho de ressonância magnética tendo verificado a actividade cerebral humana e canina. Todos ouviram 200 sons emitidos por pessoas e cães (choros e gemidos, latidos de cães a brincar, risos humanos) e todos mostraram uma actividade mais intensa (numa área próxima do córtex auditivo primário do cérebro) em resposta a sons alegres e menos intensa em resposta a sons tristes mas, 48% das áreas sensíveis aos sons, no nosso cérebro,respondem mais fortemente aos sons não-vocais, no cérebro humano só 3% o faz. Estes resultados foram publicados na revista Current Biology.
Terá influência a semelhança dos nossos ambientes sociais, homem e cão, para que ambos recorramos aos mesmos mecanismos cerebrais para processar a informação social? Naturalmente.

Eu distingo muito bem os sons da televisão dos sons do meio ambiente em que estou, a tal ponto que nunca ladro por ouvir um cão ladrar na TV, pelo contrário, paro para olhar para o écran para ver o meu semelhante.

Lembro-me de, em criança, cada vez que os meus donos ligavam a TV, eu sentava-me à frente dela a olhar, muito sério, para as imagens mas, fartei-me. A TV deixou de me interessar e hoje prefiro bater uma soneca.
Brown Maria

sexta-feira, 14 de março de 2014

Amor Incondicional

Nós, animais, amamos os nossos donos incondicionalmente, não nos importa se eles andam bem vestidos, se andam descalços, se tem defeitos, se têm conta bancária, se andaram na universidade ou se não sabem ler. Amamo-los, mesmo quando eles não nos tratam como deviam, mesmo quando eles nos escolhem como bode expiatório. Amamo-los porque eles são tudo para nós. Esperamos que eles nos tratem da mesma maneira, nem sempre é assim.

Os nossos donos têm que se ausentar de casa, têm obrigações a cumprir, nós aguardamos ansiosos a sua chegada, para lhes dizer o quanto ficamos felizes quando estão a nosso lado.

Eu só preciso de ouvir o som do motor do carro para saltar feliz e dar umas corridinhas de alegria. Tenho espaço para brincar, apanhar sol, farejar, sentir a liberdade que um espaço ao ar livre pode dar. Lembro-me, de que quando era pequenino a minha dona colocou a hipótese de me levar com ela, ela trabalha a quilómetros de distância e está ausente durante a semana, sentia a minha falta e relaxava-a só o facto de poder olhar para mim mas, pensou e decidiu, preferia sacrificar-se do que me ver sacrificado. Ela vive num apartamento com janelas altas, eu não podia nem ver o que se passava na rua, sem varanda, ficava 7 horas, agora 8, sozinho, fechado, depois teve em conta o risco das viagens semanais, 6 horas de carro, onde tudo pode acontecer, um acidente, só de me imaginar perdido no meio do nada, se lhe acontecesse alguma coisa a ela, deixava-a desesperada, optou então por me deixar sossegadinho na quinta, em liberdade, com o meu dono, que me trata como se fosse filho dele. O que eu penso sobre o assunto? Eu adoro-a, ela, apesar de ter muitas tarefas para fazer quando chega no fim de semana, ou nas férias, arranja sempre tempinho para me dirigir umas palavras ou fazer-me uma festinha, mas, prefiro poder respirar livremente, correr, farejar, brincar com os meus amigos do que ficar fechado entre quatro paredes.

Há muita gente que não pensa antes de adoptar e além de não terem em conta o nosso bem-estar ainda nos abandonam quando interferimos com a vida deles. Adoptam-nos mas não pensam nos sacrifícios que isso implica, o período de férias, por exemplo, não pensam e, como os humanos escolhem sempre a facilidade, abandonam-nos na primeira dificuldade.

Falando em férias, recordo as viagens que fazia com os meus donos, a areia da praia, as noites que passava ao lado deles na auto-caravana mas, desde que eles compraram os cavalos puseram os passeios de lado. Porquê? Dizem eles que os cavalos precisam sempre de alguém ao lado deles, que são animais muito nervosos o que lhes dificulta a resolução de qualquer imprevisto e que mesmo que peçam a alguém que os ponha no lameiro, que lhes venha dar de comer, pode não ser suficiente, já que eles são animais mais dependentes. Tenho saudades mas compreendo a decisão dos meus donos, para eles em primeiro lugar estamos nós, compreendem que sem eles dificilmente sobreviveríamos.

Adoptar um animal tem responsabilidades, nós também devemos ter um nível de vida razoável, também precisamos de fazer exercício físico, ter cuidados de saúde, conviver, além de precisarmos de carinho, alimentação e água, há que pensar em tudo antes de tomar uma decisão, evitando depois chegar ao extremo, abandonar.
Haja o que houver estamos sempre ao lado dos nossos donos, prontos para os receber e acarinhar, mesmo não dando eles conta disso.

Fiquem em companhia deste vídeo, elaborado pela Instituição Britânica Mayhew Animal Home, que promove a adopção, ADOPÇÃO RESPONSÁVEL.
Bom Fim de Semana.
Brown Maria

quarta-feira, 12 de março de 2014

A Cor do meu Mundo

Os homens há muito que querem saber se nós, cães, distinguimos as cores, como eles. Difícil de responder a essa questão humana já que eu nunca o fui mas, posso dizer que nós vemos estas cores: roxo, verde e azul e todos os tons de cinzento.Não sabemos distinguir o amarelo e o vermelho, para nós são verde.
Conseguimos ver muito longe, desde que o objecto esteja em movimento, temos uma visão nocturna extraordinária mas, só conseguimos distinguir os detalhes a uma distância curta, cerca de 7 metros e se for muito curta  a imagem aparece desfocada (Hipermetropia), em contrapartida temos uma campo de visão de 250 graus. O nosso sentido mais apurado é o olfacto, o que facilita a nossa vida quando nascemos e temos os olhos fechados. 

Lembrei-me, agora, dos meus primeiros dias de vida, já com os olhos abertos. Enquanto os meus irmãos se aventuravam a saltar o degrau da casota e investigarem o exterior eu chorava desalmadamente dentro da casota, até que a minha dona me fosse buscar para me pôr ao pé dos meus irmãos. Sempre fui muito cauteloso e meço todas as consequências, antes de dar um passo no desconhecido. A primeira vez que me deixei levar, foi pela minha tia, a Malhadinha, fiquei com a pata direita presa numa armadilha, história que já abordei no meu perfil. 

A hierarquia dos nossos sentidos é olfacto, audição, visão, tacto e por último o paladar. As imagens na TV (30 quadros por segundos) vemo-las como slides expostos rapidamente, eram necessários mais 20 ou 30 quadros para que as víssemos como se de um filme se tratasse.
Divirtam-se com o vídeo que se segue: A visão canina. Neste vídeo é dito que não vemos o verde mas a verdade é que não distinguimos  o vermelho e o amarelo do verde.

)
Brown Maria

quarta-feira, 5 de março de 2014

Amigo para Sempre

Não me imagino a viver sem os meus dono, eles são tudo para mim, serei o seu amigo para sempre e, falando de amigos, pretendo apenas seguir blogs de animais, que falam de problemas e vidas de animais, aqueles que me levaram a abrir este blog, que, como disse já, espero que contribua para alterar mentalidades.
Os homens tomam decisões esquecendo-nos completamente, nós nunca os esquecemos. Algum dia eles chegarão à conclusão que o seu inimigo sempre foi ele mesmo e que nós, animais, só contribuímos para que a harmonia neste planeta fosse uma realidade.  
Este filme prova o quanto somos fieis a quem amamos e o que somos capazes de fazer por eles. Relata a realidade de um cão japonês, Hachikõ, leal ao seu dono, mesmo após a sua morte. Os animais nunca abandonam os seus donos mas são abandonados por eles e, para isso,  nem é precisam de terem um motivo.
Vou sentar-me no meu sofá e ver, mais uma vez, este espetacular filme.
Até já.
Brown Maria